20/10/11

A solução final

Solução final – versão 1 (estilo nazi)
  • problemas simples – complicam-se
  • problemas complicados – abatem-se à machadada
e pronto, acabaram-se os problemas.


Solução final – versão 2 (estilo demo-cabo-verdiano)
  • problemas simples – resolvem-se instantaneamente pelo método mais simples
  • problemas complicados – simplificam-se
  • problemas sem solução – são um falso problema: onde não há solução, não há problema
 e pronto, acabaram-se os problemas.


Guia prático para pessoas com disfunção aplicacional

É natural que algumas pessoas compreendam bem os princípios expostos acima, mas depois não sejam capazes de vislumbrar o seu modo de aplicação em cada situação prática e particular. Em atenção a esses, 2 ou 3 pequenos conselhos:

No caso da Solução Final Versão 2: o método mais simples é sempre o mais correcto, e o método mais correcto é sempre o mais simples. Portanto, se procurarmos um, encontramos o outro – e garantimos a solução do problema (excepto, evidentemente, no caso dos falsos problemas, que só existem dentro da nossa cabeça e portanto não têm solução nem problema). Exemplo:

Estamos numa reunião de trabalho e de repente entra na sala uma pessoa que se sabe comprovadamente ser um perigoso intriguista. A sua expulsão ou saneamento constituiria um método democrática e eticamente duvidoso, complexo, moroso, cheio de meandros e discussões. Não é a solução mais correcta – logo, não é a solução mais simples – logo, não é solução.
Solução óbvia, simples e instantânea: todas as pessoas boas presentes na sala se levantam imediatamente em bloco, sem dizer uma palavra, saem da sala e vão reunir para outro lado, outorgando ao intriguista em questão o direito de permanecer sentado na sala.
Simples, não é?

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